Ao pesquisar desde 1997 a origem e os caminhos desse fabuloso instrumento de origem Africana que é o Lamellophone, me deparo com pesquisadores de muita relevância no campo da etnomusicologia como Gerhard Kubik e Andrew Tracey e Hug Tracey, todos os três tem pesquisas muito importantes para se entender de onde vem e por onde caminhou essa ciência fantastica que é transmitida através do som de uma Kissanji ou uma M´bira ,ou Kalimba como é bem conhecida aqui no Brasil e no Ocidente em Geral.
A questão em que me coloco hoje é a seguinte? quem nventou o nome (Kalimba) o que significa? por que com a divulgação desse nome nós aqui do Ocidente não temos muitas informações sobre a M´bira por exemplo que é muito mais antiga do que a Kalimba?Por que não temos muitas informações sobre a Kissanji Angolana? que é de uma riqueza cultural e símbolica ìmpar naquele País? Pois é, muito do que ouvimos falar e do que chega para nós Brasileiros sobre Africa e sua antiga cultura, são conteúdos desmembrados de sua história original e príncipalmente desmembrado de sua função social e histórica , o que vai inevitavelmente nos levar a enganos , enganos esses que podem levar anos para serem desfeitos.
Esse é o caso do nome mais comum em que os Lamellophones foram chamados fora de seu berço de origem, quando chamamos todos os lamellophnes de kalimba estamos reduzindo longos anos de conhecimento e fundamento a um conceito Ocidentalizado, coisa que costumamos fazer muito ,inclusive com nossa própia cultura.
Agora é hora de tirar o véu que se estendeu durante anos na minha vida de tocador desses Lamellophones de origens diversas e redescobrir um novo modo de divulgar essa cultura Ancestral...
Tatenda Kwene Kwene!( muito agradecido) Nhungwe dialecto do Vale do Zambeze Moçambique Africa!
